Natalense

22 março 2019





livro As maos de uma artista












02 dezembro 2007

AS DEZ MAIS

AS DEZ MAIS
Levantamento traz as carreiras em ascensão
Especialistas de 57 entidades traçam o mapa da mina
CÁSSIO AOQUIEDITOR-ASSISTENTE DE EMPREGOS E CARREIRAS

Ofertas de reserva pública de ações do Banco do Brasil e da BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros). Realização da Copa de 2014 no Brasil. Investimentos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). Anúncio de descoberta de reservas de petróleo. Vendas recordes de automóveis no país. Embora pareçam desconexas, as notícias que foram destaques na mídia guardam pelo menos um elemento comum: todas favorecem o aquecimento da demanda por profissionais em diversos segmentos.Esse cenário já é traduzido em números. O IBGE (Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou no mês passado que o crescimento do nível de emprego na indústria nacional foi o mais expressivo desde maio de 2004. No mesmo período, estudo do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) indicou áreas estratégicas em que há falta de mão-de-obra no país.O frenesi não é, contudo, para todos. Além de ter qualificação acima da média -o que inclui especializações, fluência em idiomas e vivência no exterior-, é preciso estar na carreira ou no setor em ascensão. Com o intuito de desvendar onde estão as melhores oportunidades, a Folha ouviu 57 especialistas de 25 setores empresariais (veja lista à esquerda).Fizeram parte do levantamento consultorias de recursos humanos, centrais de estágios, universidades, institutos de pesquisa, órgãos governamentais, especialistas em negócios, associações de classe e empresas de grande porte. Para apontar as principais carreiras em destaque, os respondentes se basearam em cinco critérios: relação entre oferta e demanda de mão-de-obra; potencial de desenvolvimento do setor; atrativos da carreira; formação (disponibilidade de qualificação); e empregabilidade de recém-formados. No total, foram 362 menções -129 de exatas, 123 de humanas (com humanas aplicadas) e 110 de biológicas (com saúde e ambiente)- a 57 carreiras ou áreas de atuação (veja à dir.).Dessas, a Folha selecionou as dez profissões que mais se destacaram, além de outras dez que começam a chamar a atenção no mercado de trabalho.

AS DEZ MAIS

Administração financeira
Ciências biológicas
Direito
Carreiras em energia
Engenharia ambiental
Engenharia civil
Carreiras em entretenimento
Tecnologia da informação
Carreiras em terceira idade
Engenharia de transportes

Folha de S. Paulo de 02-12-07

12 julho 2005

Dízimo existiu como imposto no Brasil até 1889

DA REDAÇÃO
O dízimo é a décima parte da receita do fiel que é consagrada a Deus. O primeiro dízimo citado no Antigo Testamento é o pago por Abraão ao sacerdote Melquisedec (Gen. 14,20). Essa entrega de porções dos frutos da Terra ao Senhor foi transmitida ao catolicismo.No Brasil, o governo cobrava o dízimo e o repassava à Igreja. O imposto acabou em 1889, quando a República separou Estado e Igreja. O dízimo subsistiu sob a forma de oferendas voluntárias recolhidas num cesto, que recebiam o nome de espórtula.A cobrança é mais rigorosa nas igrejas pentecostais que adotam a chamada Teologia da Prosperidade, que vê na riqueza um sinal dos eleitos. Pesquisa de 1994 revelou que a Igreja Universal fazia a coleta mais eficiente, pois ela ensinava que os fiéis devem doar dízimos com base na renda que desejam receber.O dízimo não pode ser tributado. Segundo a Constituição, é vedado ao Estado instituir impostos sobre "templos de qualquer culto".
Folha de São Paulo de 12/07/05

04 julho 2005

Qual é o Problema? - Stephen Kanitz

Um dos maiores choques de minha vida foi na noite anterior ao meu primeiro dia de pós-graduação em administração. Havia sido um dos quatro brasileiros escolhidos naquele ano, e todos nós acreditávamos, ingenuamente, que o difícil fora ter entrado em Harvard, e que o mestrado em si seria sopa. Ledo engano.
Tínhamos de resolver naquela noite três estudos de caso de oitenta páginas cada um. O estudo de caso era uma novidade para mim. Lá não há aulas de inauguração, na qual o professor diz quem ele é e o que ensinará durante o ano, matando assim o primeiro dia de aula. Essas informações podem ser dadas antes. Aliás, a carta em que me avisaram que fora aceito como aluno veio acompanhada de dois livros para ser lidos antes do início das aulas.
O primeiro caso a ser resolvido naquela noite era de marketing, em que a empresa gastava boas somas em propaganda, mas as vendas caíam ano após ano. Havia comentários detalhados de cada diretor da companhia, um culpando o outro, e o caso terminava com uma análise do presidente sobre a situação.
O caso terminava ali, e ponto final. Foi quando percebi que estava faltando algo. Algo que nunca tinha me ocorrido nos dezoito anos de estudos no Brasil. Não havia nenhuma pergunta do professor a responder. O que nós teríamos de fazer com aquele amontoado de palavras? Eu, como meus outros colegas brasileiros, esperava perguntas do tipo "Deve o presidente mudar de agência de propaganda ou demitir seu diretor de marketing?". Afinal, estávamos todos acostumados com testes de vestibular e perguntas do tipo "Quem descobriu o Brasil?".
Harvard queria justamente o contrário. Queria que nós descobríssemos as perguntas que precisam ser respondidas ao longo da vida.
Uma reviravolta e tanto. Eu estava acostumado a professores que insistiam em que decorássemos as perguntas que provavelmente iriam cair no vestibular.
Adorei esse novo método de ensino, e quando voltei para dar aulas na Universidade de São Paulo, trinta anos atrás, acabei implantando o método de estudo de casos em minhas aulas. Para minha surpresa, a reação da classe foi a pior possível.
"Professor, qual é a pergunta?", perguntavam-me. E, quando eu respondia que essa era justamente a primeira pergunta a que teriam de responder, a revolta era geral: "Como vamos resolver uma questão que não foi sequer formulada?".
Temos um ensino no Brasil voltado para perguntas prontas e definidas, por uma razão muito simples: é mais fácil para o aluno e também para o professor. O professor é visto como um sábio, um intelectual, alguém que tem solução para tudo. E os alunos, por comodismo, querem ter as perguntas feitas, como no vestibular.
Nossos alunos estão sendo levados a uma falsa consciência, o mito de que todas as questões do mundo já foram formuladas e solucionadas. O objetivo das aulas passa a ser apresentá-las, e a obrigação dos alunos é repeti-las na prova final.
Em seu primeiro dia de trabalho você vai descobrir que seu patrão não lhe perguntará quem descobriu o Brasil e não lhe pagará um salário por isso no fim do mês. Nem vai lhe pedir para resolver "4/2 = ?". Em toda a minha vida profissional nunca encontrei um quadrado perfeito, muito menos uma divisão perfeita, os números da vida sempre terminam com longas casas decimais.
Seu patrão vai querer saber de você quais são os problemas que precisam ser resolvidos em sua área. Bons administradores são aqueles que fazem as melhores perguntas, e não os que repetem suas melhores aulas.
Uma famosa professora de filosofia me disse recentemente que não existem mais perguntas a ser feitas, depois de Aristóteles e Platão. Talvez por isso não encontramos solução para os inúmeros problemas brasileiros de hoje. O maior erro que se pode cometer na vida é procurar soluções certas para os problemas errados.
Em minha experiência e na da maioria das pessoas que trabalham no dia-a-dia, uma vez definido qual é o verdadeiro problema, o que não é fácil, a solução não demora muito a ser encontrada.
Se você pretende ser útil na vida, aprenda a fazer boas perguntas mais do que sair arrogantemente ditando respostas. Se você ainda é um estudante, lembre-se de que não são as respostas que são importantes na vida, são as perguntas.
Stephen Kanitz é administrador por Harvard (www.kanitz.com.br) Editora Abril, Revista Veja, edição 1898, ano 38, nº 13, 30 de março de 2005, página 18

28 junho 2005

Supremo dos EUA decide a favor dos Dez Mandamentos

LEI
Para tribunal, texto em local público não fere a separação entre igreja e Estado
Supremo dos EUA decide a favor dos Dez Mandamentos
DE NOVA YORK
A Justiça norte-americana decidiu ontem que exibir os Dez Mandamentos em prédios do governo e tribunais não necessariamente infringe a separação entre Estado e religião fixada pela Constituição, mas que deve haver limites.Em duas decisões distintas, a Suprema Corte dos EUA autorizou que um monumento com os Dez Mandamentos continuasse diante do Legislativo do Texas e determinou a retirada do símbolo religioso em dois tribunais do Kentucky. Os dois julgamentos foram apertados, por 5 a 4.A diferença percebida pela Suprema Corte foi que, no caso do Texas, o monumento estava no local havia mais de 40 anos, sem nunca ter sido contestado, em meio a várias outras obras. Já no caso dos dois tribunais no Kentucky, os Mandamentos estavam dispostos isoladamente nas paredes do tribunal, sem nenhum outro documento histórico, até que União Americana pelas Liberdades Civis reclamou.Na prática, a decisão da Suprema Corte norte-americana estipula que cada caso deve ser analisado separadamente.A Primeira Emenda da Constituição dos EUA estabelece que "o Congresso não deve fazer nenhuma lei a respeito de estabelecer uma religião", o que tem sido seguidamente interpretado pela Suprema Corte como uma indicação de que as ações do governo devem ter um objetivo secular -e de que isso é válido também para os Estados.Foi a primeira vez que a Suprema Corte julgou um caso envolvendo os Dez Mandamentos nos EUA em 25 anos. A última vez havia sido em 1980, quando proibiu sua exibição em escolas do país -o caso se originou mais uma vez no Kentucky, porque uma lei estadual determinava a fixação do texto em todas as salas de aula do Estado.O próprio prédio da Suprema Corte exibe uma pintura de Moisés com as tábuas onde estão os Dez Mandamentos, que, segundo a tradição judaico-cristã, foram transmitidos a ele por Deus, no monte Sinai.As decisões ocorrem em um momento em que a direita religiosa vem ganhando cada vez mais espaço no governo do presidente George W. Bush. Essa crescente influência se reflete em várias decisões da Casa Branca, como limitar ao máximo as pesquisas com células-tronco e pregar a abstinência em políticas públicas de prevenção à Aids.Quando o processo chegou ao tribunal, em março, os advogados que defendiam a permanência dos Mandamentos argumentaram que 4.000 desses documentos estavam espalhados por tribunais dos EUA e que eles simplesmente lembravam do papel que a crença em uma autoridade superior teve no desenvolvimento do país.A administração Bush defendeu as representações em março, alegando que os Dez Mandamentos desempenham um papel secular importante no desenvolvimento da lei e cultura americana."A idéia de ter um bloqueio em torno dos Dez Mandamentos para deixar claro que o Estado não tem nada com isso é levar isso longe demais", disse o advogado Paul Clement, que representa o governo. "Eles têm um inegável significado religioso, mas também um significado secular como origem da lei."Foi com base nessa linha de raciocínio que a Suprema Corte decidiu ontem que não existe uma proibição direta na Constituição a esses símbolos em prédios do governo."Apesar de os Mandamentos serem religiosos, eles têm um inegável significado histórico", escreveu um dos juízes do mais importante tribunal do país. Para então acrescentar que, "claro, há limites para a exibição de mensagens religiosas ou símbolos no governo". (PDL)

19 junho 2005

Sociólogo dá dicas aos vestibulandos sobre o futuro das profissões

16/06/2005 - 10h42m
Sociólogo dá dicas aos vestibulandos sobre o futuro das profissões
Daniela Leiras -
Globo Online
Cursar uma universidade tradicional ou apostar num curso técnico? O dilema de muitos jovens que se aproximam do tão esperado vestibular pode se intensificar ainda mais. Mas calma, nada de desespero. É que as profissões, tais como são conhecidas hoje, podem mudar de cara. Quem avalia essas mudanças é o sociólogo Simon Schwartzman, presidente do Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade (IETS) e ex-presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Interpretar os sinais do mercado de trabalho e prever tendências para a formação dos profissionais é com ele mesmo. Ao lado de Colin Brock, Simon organizou o livro "Os desafios da educação no Brasil", que reúne nove artigos e foi lançado pela Editora Nova Fronteira.
Em entrevista ao Globo Online, o sociólogo explica quais são as habilidades que estarão em alta no futuro.
Quais os desafios dos educadores do século XXI levando em consideração que os jovens estão cada vez mais resistentes e se adequando menos ao sistema de ensino tradicional?
Simon: O Brasil ainda é conservador nesse setor. O ensino superior, por exemplo, está muito preso ao antigo modelo de profissões clássicas. Enquanto isso, a maior parte do mercado de trabalho requer formação mais ampla, genérica e flexível. Basta perceber que muitas pessoas mudam de trabalho várias vezes ao longo da vida. A tendência conservadora também aparece no ensino médio. Ele ainda está fortemente organizado em função do treinamento para os exames de vestibular. Isso faz com que os estudantes gastem muita energia memorizando coisas que nunca utilizarão e esquecerão rapidamente.
Quais deverão ser as profissões do futuro?
O mundo do trabalho se organizará cada vez menos em termos de profissões, e cada vez mais relacionado à competência no uso da língua, ao manejo de conceitos científicos, ao uso da tecnologia da informação, e de habilidades sociais como liderança, empreendedorismo, comunicação e sociabilidade. Pessoas altamente especializadas serão muito solicitadas, mas em número relativamente pequeno. E as atividades de rotina serão feitas cada vez mais por máquinas e equipamentos eletrônicos.
Essa tendência faz aumentar o dilema dos estudantes que estão prestes a fazer o vestibular, principalmente daqueles que ainda têm dúvidas sobre fazer um curso mais abrangente ou outro especializado?
Eles devem ter em mente o seguinte: buscar uma formação mais geral e menos limitada pode ser decisivo na hora de ampliar as opções no mercado de trabalho. Atualmente, é muito mais útil para a vida das pessoas um conhecimento amplo, com ênfase no uso das línguas nacional e estrangeiras, na familiaridade com a matemática e no conhecimento na área social - incluindo a economia, o direito e a sociologia. Já um curso mais especializado corre o risco de se tornar obsoleto em muito pouco tempo. O ideal seria combinar os dois tipos de formação. Conheço muitos advogados que não chegaram a fazer o exame da OAB e hoje atuam em áreas diversas às do direito. O conhecimento geral que adquiriram já foi válido para buscarem outros caminhos.
Algumas pessoas que já trabalham procuram cursos técnicos para se especializar com maior rapidez. Essa lógica é a mais coerente?
Sim, mas ele não pode se esquecer que corre o risco de ficar restrito a esse conhecimento especializado. Alguém que quer trabalhar em hotéis, por exemplo, pode ficar em dúvida sobre cursar hotelaria ou administração. Com a primeira formação, a pessoa consegue ser incluída na área mais rapidamente. No entanto, caso perca o emprego no hotel, terá menos opções de trabalho do que um administrador.
Na análise de um currículo profissional, o diploma continua tendo um grande valor na hora de selecionar candidatos para uma vaga?
Querer um diploma só pelo diploma é uma roubada. O papel não faz milagres. Cada vez mais o mercado valoriza a competência do profissional, sua experiência e habilidades genéricas. É claro que o diploma torna-se um ponto positivo, mas nem sempre é o que vai determinar a seleção do profissional. Se ele não for eficiente naquela função, perde a vaga.

05 junho 2005

Ciência lembra 100 anos da teoria revolucionária de Einstein

05/06/2005 - 09h00

Ciência lembra 100 anos da teoria revolucionária de Einstein

CÁSSIO LEITE VIEIRA
Colaboração para a Folha de S. Paulo
Em 1905, Albert Einstein produziu uma tese de doutorado e cinco artigos que mudariam a face da física. Em 1907, ele dá um passo decisivo rumo à generalização de sua teoria da relatividade restrita (ou especial) publicada dois anos antes. Em 1915, a relatividade geral, uma nova teoria da gravitação, estava pronta. De 1906 a 1911, Einstein praticamente deixou a relatividade para se dedicar à teoria quântica. A alternância entre ambas marcaria sua carreira.A partir de 1909, Einstein começou a ganhar prestígio. Passou pela Universidade de Zurique, Universidade Alemã de Praga e retornou (ironicamente) para a Politécnica. Em 1913, aceitou ser membro da Academia Prussiana de Ciências. Era, agora, membro da elite da física alemã.No ano seguinte, seguiu para Berlim. Foi lá que sua faceta política floresceu. Assinou um manifesto contra a entrada da Alemanha na 1ª Guerra Mundial.Logo depois da relatividade geral, apresentou ao mundo um modelo para explicar o Universo. E, tão impressionante quanto, um livro de popularização sobre as teorias da relatividade. Em 1916 e 1917, com três artigos, voltou à teoria quântica. Esses resultados seriam a base para a construção do laser, quatro décadas depois.A comprovação histórica da relatividade geral, em 1919, tornou Einstein um fenômeno da mídia. Com a fama, vieram as primeiras manifestações nazistas contra ele e sua obra. Ameaçou deixar a Alemanha, mas foi dissuadido por colegas. Resolveu, no entanto, se afastar de Berlim, iniciando um período de viagens pelo mundo.Fuga para os EUA As homenagens cresceram na mesma proporção dos ataques nazistas. Em 1932, a situação tornou-se insustentável e ele resolveu aceitar oferta para trabalhar em Princeton, EUA. Ele e a segunda mulher, a prima Elsa, partiram com a intenção de voltar. Porém, sua cabeça foi posta a prêmio por radicais (achou o valor, US$ 5 mil, surpreendentemente alto). Nunca mais voltaria à Europa.Seu último trabalho importante foi feito em 1925 (nele previu que um aglomerado de partículas a baixíssimas temperaturas poderia se comportar como um átomo gigante). Em 1935, já em Princeton, publicou um artigo que punha em dúvida os rumos tomados pela teoria quântica e que foi fundamental para dar fôlego ao debate que ele e o físico dinamarquês Niels Bohr travavam desde 1927 --e que se estendeu até a morte de Einstein, em 1955. Nas décadas seguintes, dedicou-se, sem sucesso, à unificação dos fenômenos eletromagnéticos e gravitacionais. Até hoje essa tarefa atormenta a cabeça dos físicos.Agora, a ciência, foco de sua vida emocional, cedia parte de seu tempo para a militância política. As bombas nucleares lançadas sobre o Japão o deixaram arrasado. Passou, então, a defender uma base política supranacional para fortalecer a paz mundial. Foi chamado de ingênuo e atacado por capitalistas e socialistas.Einstein também foi paradoxal. Como internacionalista, defendeu a identidade do povo judeu --mas recusou a presidência do Estado de Israel quando esta lhe foi oferecida, em 1952. Como pacifista, disse que o nazismo deveria ser enfrentado com armas; como humanitário, deu pouca atenção à própria família. Não há biografia definitiva de Einstein. E provavelmente nunca haverá.